Olhe ao seu redor,a sua enorme construção.
Uma muralha que bem mesmo você sabe como construiu.
É divina, como conseguiu?Seu orgulho talvez tenha sido uma ferramenta indispensável.
Apenas um banco de madeira, uma árvore, e um lago, nada mais, tudo cercado
Uma muralha sem igual, o seu mundo, pequeno e primitivo, egocêntrico e simples.
Seus olhos vertem lágrimas, e pingam em um terror rubro por sobre as pedras do seu lar.
Seu corpo esta frio e sua mente vazia, porque chora?
O teu palácio de tristeza não é um lugar tão legal ?
Perguntas e mais perguntas....
Enquanto seu cabelo paira por sobre a realidade seus braços sangram
Sua mente esta girando, seus pensamentos se misturaram com suas ideias
Com suas verdades, vontades e nem mesmo você sabe o que é sua verdade agora.
Tudo mudou, e não há sombra de duvida que sua muralha é intransponível.
É um tremendo obstáculo para aqueles que olham de longe,
Tão poderosa que bastasse uma palavra, e ela viria ao chão.
A mente humana titubeia, somos fortes quando não temos o que enfrentar, por isso foi mais fácil assim não é?
Minha pele esta ficando pálida, meus braços estão dormentes
Meu coração esta acelerado e até agora eu não entendo porque não consigo me levantar.
Procuro abrigo nos meus pensamentos e sinto que a cada segundo eu deixo esse lugar
Estou mais longe, longe o suficiente para sentir o cheiro da poeira se misturando ao meu sangue
Concreto e sangue, nossas realidades se esvaem simultâneamente
O meu sangue, e o seu orgulho,pena que não existe mais vida....
"Na escuridão havia uma mente. A mente estava sozinha na escuridão, porque a escuridão era, em si, quase perfeita solidão. A mente não tinha corpo. Não tinha olhos com os quais ver que não havia nada ao seu redor para ver. Não tinha boca para gritar, e não tinha mãos para se segurar, sem sentido, por libertação. Era pensamento e memória, sozinha, sem ao menos a distração da agonia física."