Mais uma vez, eu estou perdido em meus pensamentos.
Mais uma vez eu me jogo naquele labirinto frio e solitário feito de pedra e prantos.
Rompendo com a vontade louca da realidade, e acrescentando padrões rubros ao mundo.
O que esta acontecendo?
Quem sois vos que me abraça com calor mesmo que me traga frio?
Como pode no deserto sem areia fazer-me sucumbir a sede que não água?
A sanidade contenta-se em jogar cartas com o desespero
Enquanto me pego acariciando a verdadeira fonte do meu prazer.
Ela titubeia, paira, e agita, seus cabelos dançam
Quem sóis vós deusa das minhas lágrimas?
Como cai sobre mim tal prazer em desgraça eminente?
Os pelos se eriçam, a mente se inflama.
Os pulsos sangram vorazmente enquanto a vida se despede com um beijo frio.
Os sinos estão distantes, e eu percebo que nunca havia prestado tanta atenção em sua doce melodia.
Sentado na alameda eu cato pedaços de glórias rompidas
De honras manchadas e de coragens vencidas.
Seu sabor é amargo, e sua aparência singela.
Os campos são escuros e o vento sopra suavemente.
É um baile do desespero, é um lugar de desencanto belo.
Um paradoxo no mundo noturno...
†Alesson Ľäsðmбяå†
"Na escuridão havia uma mente. A mente estava sozinha na escuridão, porque a escuridão era, em si, quase perfeita solidão. A mente não tinha corpo. Não tinha olhos com os quais ver que não havia nada ao seu redor para ver. Não tinha boca para gritar, e não tinha mãos para se segurar, sem sentido, por libertação. Era pensamento e memória, sozinha, sem ao menos a distração da agonia física."
Nenhum comentário:
Postar um comentário