Era a madrugada de uma noite fria e escura de uma antiga cidade
esquecida. Os ventos gélidos golpeavam a pele de uma estranha, porém bela,
senhorita que vagava pelas vielas escuras. Ao que diziam, as amarras em ferro puro do
destino, feitas em grilhões abandonaram sua pele.
Seu corpo, pálido e esguio estava livre. Sua silhueta feminina não envelheceu
um segundo nesses tantos séculos de prisão. Seu corpo dançava a sinfonia da
noite enquanto seu espirito clamava pelo prazer rubro que a alimentava. Aos
poucos caminhou em um beco escuro, uma rua banhada pela chuva do inicio da
noite, dava lugar apenas a fumaça que emanava dos bueiros da longa rua
solitária. Era um contraste, vapor quente que calçava os pés de quem se
agasalhava de ventos frios eu uivantes. Os cabelos dela pairavam enquanto
caminhava de forma majestosa. Seu reflexo não podia ser visto nas poças de água
que a cercavam, seu rebolado denotava certo prazer sombrio em estar de volta.
Caminhou saindo do beco em direção à massa de pessoas que se juntavam para ver
o show. Caminhou até o meio de todas aquelas pessoas, com uma classe singular e
chamou a atenção. A música não parou,
mas todos que ali estavam se embebedaram naquela beleza instigante. Olhares
excitados e caóticos dançavam sobre o corpo da filha da noite. Um leve sorriso foi
conjura do em seu rosto, as batidas da música continuaram em um toque
excitante, rítmico, como um prazer contínuo. Todos naquele momento a adoravam e
dançavam ao seu redor, lhe rendendo um prazer memorável. Então ela caminhou ao centro dos corpos
inquietos e a multidão se agitou. Molhados pelo cansaço corpos dançaram juntos
com ela no ritmo que tocava as canções, corpos agora seminus, encobertos de
suor, acompanhados de respirações ofegantes.
Sem pensar duas vezes a criatura fez suas presas cravarem no pescoço de um
jovem rapaz moreno, de altura mediana, que dançava logo a sua frente. Com uma
excitação instantânea o jovem abraçou sua inquisidora que arrancou as presas do
seu pescoço com força, fazendo o sangue jorrar, banhando o corpo das outros ali
próximos. Duas lindas jovens banhadas
pelo sangue que minou ao lado começaram a se deliciar, aos poucos dançando uma
no ritmo da outra, trocando caricias, banhando ainda mais com o vinho rubro
ainda quente. Rasgando os próprios punhos e banhando ainda mais uma no sangue
da outra. Inflamadas de excitação não hesitaram, seus corpos se retorciam uma
ao toque da outra, a elevação dos seios demonstravam tamanho interesse de ambos
os lados. A pele branca agora banhada no licor quente e rubro estava arrepiada,
os toques deslizavam nas curvas traçando trajetos ousados, tomadas pelo desejo
de luxúria. A jovem de cabelos negros deslizava as mãos espalhando o sangue na
sua companheira , descendo pelas curvas da cintura, espalhando pela parte
de dentro das coxas da loira que ergueu seu corpo e gemeu, um gemido abafado,
ocultado pela música, mas que pode ser sentido...
†Alesson Ľäsðmбяå†
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