Minha foto
Produtor Cultural e Audiovisual

quinta-feira, 25 de dezembro de 2014

Saudosa madrugada

Uma noite igual aquela a que nos conhecemos. No céu quase não há nuvens e de longe ouço cães vadios que  ladram conforme a madrugada responde. Sinto saudade de falar disso com alguém. Observar como as estrelas estão posicionadas em uma silhueta alinhada que talvez só eu e quem eu explicasse pudesse entender. A brisa fria da noiteresvala na minha pele e toda a nostalgia daquele dia inunda minha alma e me banha em saudade. Essa noite uma coruja me observa posso ouvir o gralhar dela de longe, como se desconfiasse do que eu posso fazer com ela, como se desconfiasse das minhas itenções assim como eu desconfio dos meus sentimentos. 
Sinto saudade de falar da beleza da noite com alguém que me inspira e me alegra tanto assim como você.
Sinto saudade de cada pedacinho seu, de te abraçar, de sentir o seu perfume, de apertar bem forte e descobrir sua alma no mais profundo do seu olhar.

segunda-feira, 29 de outubro de 2012

Banho de sangue




Era a madrugada de uma noite fria e escura de uma antiga cidade esquecida. Os ventos gélidos golpeavam a pele de uma estranha, porém bela, senhorita que vagava pelas vielas escuras.  Ao que diziam, as amarras em ferro puro do destino, feitas em grilhões abandonaram sua pele.
Seu corpo, pálido e esguio estava livre. Sua silhueta feminina não envelheceu um segundo nesses tantos séculos de prisão. Seu corpo dançava a sinfonia da noite enquanto seu espirito clamava pelo prazer rubro que a alimentava. Aos poucos caminhou em um beco escuro, uma rua banhada pela chuva do inicio da noite, dava lugar apenas a fumaça que emanava dos bueiros da longa rua solitária. Era um contraste, vapor quente que calçava os pés de quem se agasalhava de ventos frios eu uivantes. Os cabelos dela pairavam enquanto caminhava de forma majestosa. Seu reflexo não podia ser visto nas poças de água que a cercavam, seu rebolado denotava certo prazer sombrio em estar de volta. Caminhou saindo do beco em direção à massa de pessoas que se juntavam para ver o show. Caminhou até o meio de todas aquelas pessoas, com uma classe singular e chamou a atenção.  A música não parou, mas todos que ali estavam se embebedaram naquela beleza instigante. Olhares excitados e caóticos dançavam sobre o corpo da filha da noite. Um leve sorriso foi conjura do em seu rosto, as batidas da música continuaram em um toque excitante, rítmico, como um prazer contínuo. Todos naquele momento a adoravam e dançavam ao seu redor, lhe rendendo um prazer memorável.  Então ela caminhou ao centro dos corpos inquietos e a multidão se agitou. Molhados pelo cansaço corpos dançaram juntos com ela no ritmo que tocava as canções, corpos agora seminus, encobertos de suor, acompanhados de respirações ofegantes.
Sem pensar duas vezes a criatura fez suas presas cravarem no pescoço de um jovem rapaz moreno, de altura mediana, que dançava logo a sua frente. Com uma excitação instantânea o jovem abraçou sua inquisidora que arrancou as presas do seu pescoço com força, fazendo o sangue jorrar, banhando o corpo das outros ali próximos.  Duas lindas jovens banhadas pelo sangue que minou ao lado começaram a se deliciar, aos poucos dançando uma no ritmo da outra, trocando caricias, banhando ainda mais com o vinho rubro ainda quente. Rasgando os próprios punhos e banhando ainda mais uma no sangue da outra. Inflamadas de excitação não hesitaram, seus corpos se retorciam uma ao toque da outra, a elevação dos seios demonstravam tamanho interesse de ambos os lados. A pele branca agora banhada no licor quente e rubro estava arrepiada, os toques deslizavam nas curvas traçando trajetos ousados, tomadas pelo desejo de luxúria. A jovem de cabelos negros deslizava as mãos espalhando o sangue na sua companheira , descendo pelas curvas da cintura, espalhando pela parte de dentro das coxas da loira que ergueu seu corpo e gemeu, um gemido abafado, ocultado pela música, mas que pode ser sentido...









†Alesson Ľäsðmбяå†






segunda-feira, 20 de agosto de 2012


O rugido saiu de sua garganta ofegante, trouxe a boca o sabor do sangue, que invadiu sua boca em uma salivação. Seus olhos cerraram enquanto suas narinas dilatavam. Captou o som de longe, sua presa caminhava em sua direção, a pouco menos de um quilometro, ele já sentia seu cheiro, a  pele, o  perfume, dos longos cabelos, podia ver a silhueta que caminhava na noite fria  a sua frente. Ela recolheu sua bolsa e a colocou na frente do corpo em sinal de defesa, suas pupilas também dilataram quando o vento levantou seus cabelos e acariciou sua pele fazendo os pelos arrepiarem, seu coração disparou, acelerou os passos.  O cheiro de medo já estava espalhado, como uma presa que não vê o predador, mas pressente seus últimos instantes de vida.    
      A fome não o deixou em paz, aguçou seus sentidos e o fez sentir o sangue quente das veias dela, era jovem e bela, uma pequena ovelha a caminhar nas longas e solitárias noites vazias. Viu seu fim eminente quando ele saiu das sombras e caminhou a sua frente, vindo em sua direção, como um lobo a intimidar sua presa. Ficou paralisada, dos olhos dele emanava uma pálida e sutil luz, que a fazia ficar imóvel, desesperada por dentro não conseguia fugir.

      Um passo na frente do outro ele chegou a sua presa, vagarosamente, como se todo aquele teatro e horror fosse parte da sua sobrevivência, como se fosse necessário.  Retirou do pescoço dela as madeixas negras e longas, deslizou os dedos tocando com as longas unhas simulando um corte. A pele dela enrijeceu, arrepiando-se ao toque, seu terror se misturou a uma sutil excitação. Só então se deu conta de que seu predador era um homem forte e alto, trajava um terno tradicional de 1920, tinha cabelos longos e uma face bem delineada, entrando em contraste com o monstro que sentia ao ver suas sombras.
      Ele continuou o seu ritual profano, deslizando as mãos sobre a pele dela retirando do meio da pista com sutileza, estava aterrorizada, agora também curiosa e encantada. Pousou levemente a língua pescoço dela enquanto com a outra mão ia até a raiz do seu cabelo inclinando a cabeça dela para trás tendo assim mais angulo para uma mordida profunda. O toque em seu cabelo a excitou e o cheiro doce e suave começou a sair dela. Ele a encostou em um carro que estava ali parado, uma densa neblina começava a descer sobre as solitárias calçadas de concreto frio. Quando o metal frio a tocou nas costas sentiu o gélido orvalho, o que entrou em contraste com o corpo quente a tocava. O suor começou a minar em sua testa, dando um claro sinal de excitação, medo e talvez insanidade.
      Adentrou um mundo desconhecido, ela, em sua singela condição humana, não sabia o que estava acontecendo de verdade, seus instintos gritavam para que corresse, dizia que era o fim, mas seu corpo queria ficar, queria ser explorado, queria ser descoberta por aquele ser. O desejo de sua carne a inflou de calor, fazendo escorrer por suas vontades a luxúria. Ele não pode se conter, era sua forma favorita de se alimentar.
       As sombras ao redor os encobriram juntando-se a densa neblina que ali já pairavam, fazendo um enorme casulo de confusão. Seus dedos começavam a descobrir o corpo dela pouco a pouco, passou do pescoço aos lábios, já não estavam mais em si. O fervor da mordida a fez abandonar a razão, existia algo de sobrenatural ali, algo inexplicável, mas com certeza não iria parar para perguntar, não queria correr, só queria terminar com aquilo. As mãos dele começaram a despir lentamente, enquanto beijava a ela, enquanto tocava cada parte do seu corpo, enquanto sentia cada espasmo de terror. 
      Cravou os caninos no pescoço de forma brutal, levando-a automaticamente a um orgasmo que nunca imaginava experimentar, ela gemeu, se contorceu para trás oferecendo todo resto de seu corpo a ele.
Enquanto ele sorvia de sua vida a descobriu, já as mãos dela pousavam sobre ele em movimentos repetidos, uniram-se em uma sinfonia de prazeres e contorções, um ritual pronunciado em gemidos que apenas iniciava.




†Alesson Ľäsðmбя冠

terça-feira, 26 de junho de 2012

A terra cinzenta mostra o caminho, nele pequenas sombras verdes maneiam
Os olhos fundos e negros observam sem vida a paisagem negra e silenciosa
As árvores dançam lentamente fazendo cair as ultimas folhas agora negras
No chão coberto por tais folhas o sangue verte lentamente
Um imenso lago surge e aos poucos banham os pés dos inocentes

Um lago que canta o caos
Um luar que dança solidão
A felicidade corre desesperadamente esperando viver
E lentamente vai sucumbindo a estranha música que toca

Pedaços de verdades, misturas de ilusão
Em maquinações de maleficia tudo se torna rubro
Um negro piano sussurra dores e pranto
Enquanto na corda do violino soa a nota de solidão

Os mortais boiam como algas mortas no lago rubro
Os animais pútridos forma estradas para as mansões escuras
O céu não existe e o inferno sorri
A queda,a destruição...






Alesson Lasombra

sexta-feira, 1 de junho de 2012

Eu não quero me largar em noites frias e escuras por conta de pensamentos vazios e sem base.
O passado ficou para tras no vazio da inquietude sempre vagará.  O alimento do real é composto por energia daquilo que alimentamos. Deixe morrer de fome, e tudo se misturará a noite e escuridão.
Não que isso faça diferença, o que quero dizer, é que sempre fará parte da essência, sempre haverá o sabor gélido daquilo que virou sangue, que sirva de lição.

Todos os dias milhares de pensamentos insanos cercam nossas mentes e nos pegamos em divagações completamente bizarras, se entregar ao perdido é como se jogar ao vazio em busca de uma resposta no meio do caminho, que pode ou não ser descoberta, mas que esta fadada a morte.

Nem sempre temos que saber de tudo, nem sempre temos que entender tudo, nem sempre será o frio o seu conforto como nem sempre seus pensamentos estão corretos.

A fragilidade da noite é como o calmo mar, pacífico e convidativo, como dentro de nos pode mudar completamente ao ver de um simples vento, uma nuvem, nuvem escura essa, que pode ser apenas um dizer..uma palavra..uma frase..um atitude sem sentido.

quarta-feira, 16 de maio de 2012

Textos Largados



Faz frio lá fora e hoje eu não ouvi os pássaros cantarem. As pessoas caminham agasalhadas com um medo crucial de terem seu íntimo invadido. Medo de saírem na rua e sentirem o seu eu visto, medo do que fizeram, medo do que pretendem fazer.

  Uma das cenas mais belas que me vem é uma multidão que caminha abraçada a si mesma, pessoas com roupas de frio e guarda chuvas tentando se protegerem de uma névoa gélida e densa enquanto caminham em vias públicas ao som do vento de inverno. Os espelhos d'água refletem um manancial de névoa turva que aos poucos dança por sobre seu reflexo, repetindo um pouco mais rápido o movimento das colossais e cinzentas nuvens de chuva. As árvores estão mais verdes do que nunca, seu tom foi retocado pelo brilho celeste da névoa. Objeto de medo por tantas eras, quem diria que seria o pincel que hoje da os retoques a bela mãe natureza.
  A noite não tarda a chegar pois todo o dia parece uma eterna madrugada, que passa fria, que passa singela
que não traz calor. 

segunda-feira, 19 de março de 2012

   
Os olhos de Hadrian fitaram Verônica após certificar-se que ela estava mesmo sozinha.Instintivamente o sangue lhe foi ao rosto, fazendo ter cor e calor, suas presas coçaram, mas ele as retraiu, seus longos cabelos negros exibiam uma beleza singular, o que demonstrava sua peculiaridade vaidosa.
   Trajava apenas uma camiseta branca, e uma calça de couro preta que terminava em o coturno de fivelas e placas de metal. Sua pele era clara, de um branco como a lua, uma bela moldura para seus olhos grandes que mais pareciam duas pedras azuis de safira. Sua aparência era delicada, quase feminina.
    Na boate o som de Bella Morte soava nas caixas, a música Fall No More, todos dançavam a batida da música, a farmácia presente no sangue de muitos fazia Hadrian ter certeza de que não seria lembrado. Poucos realmente o observavam, mas isso não importava, desde que Verônica havia entrado, não podia parar de prestar atenção naqueles longos cabelos castanhos, mesmo com toda bagunça, podia sentir o cheiro de sua pele, uma mistura adocicada de luxuria e ingenuidade, lembrava talco, lembrava sangue.
   Esgueirou-se entre os humanos que dançavam, como um felino que se esquiva de pilares repetidos foi ganhando território. Seus olhos fixaram em Verônica. Um vento gélido rompeu o calor de Verônica que sentiu uma brisa em sua nuca, por instinto, quis sair dali, não sabia por quê. Ficou inquieta, como uma lebre que não sabe o que fazer, como uma presa que pressente seus últimos momentos de vida.

    Jovens trajados com sobretudos, roupas de couro e máscaras, dançavam como num ritual macabro, balançando seus braços, fazendo movimentos hipnóticos completamente sem sincronia uns com os outros, obedecendo apenas o ritmo da música, faziam um cenário de multidão. As luzes coloridas refletiam e piscavam, fazendo com que tudo ficasse um pouco mais distorcido. O caminho de saída ficou difícil para Verônica que tentava a todo custo alcançar a saída, seja lá o que fosse que a perseguia, estava próximo, sentiu seus pelos se eriçarem novamente, da base da coluna até a nuca mas nada pode ver quando se virou, apenas jovens mergulhados em um êxtase insano.
   Acertou a porta com o corpo quando conseguiu vencer a multidão que a espremia, abriu a assim que saiu tirou uma mecha de cabelo que lhe escorria pela face.
O vento frio da rua entrou em contraste com o vapor quente que a cercava até poucos segundos atrás, sentiu muito frio, mas não se importou, o que lhe perseguia parecia ter desistido, ou a perdido, tentou buscar a chave do carro no bolso e enquanto caminhava em direção ao estacionamento pode ouvir passos atrás de si.

Hadril sentiu o sangue de Verônica pulsante, o que lhe causou uma excitação, sentiu o seu cheiro de medo, a sua submissão de uma forma luxuriosa, o pavor em seu cheiro era notável. Caminhou se esgueirando da multidão enquanto os jovens o ignoravam, como se fosse algo invisível. Saiu pela escada da esquerda e após dois lances de escada estava no segundo andar, na área vip, caminhou rumo à janela que dava para o estacionamento, o local aonde sua presa provavelmente tentava alcançar. Ainda não sabia o que ela fazia ali, porem foi embora quando seus instintos selvagens voltaram para ela. Da janela viu Verônica mexendo na bolsa e então saltou como um felino. Tocou o chão com maestria e nenhum som provocou. Enquanto caminhava lentamente, seus sapatos estalavam no chão a cada passo.

Verônica voltou-se para trás ao ouvir os passos com a chave já não mão, sem parar de caminhar vacilou quando sua respiração falhou ao ver o homem que a seguia.
Tentou caminhar mas rápido, o estranho homem saltou como um tigre, ela jurou ter visto garras e presas, o som que vinha dele era animalesco, clamava por sangue.
Verônica tentou abrir a porta do carro, mas já era tarde demais...


segunda-feira, 5 de março de 2012

"Posso sentir o cheiro d’água , ela traz um frescor gélido da madrugada 
Assim como era frio o seu olhar 
Posso sentir o cheiro da terra alagada, 
completamente embebida desse ritual onírico de vivência natural. 
Boas energias trazem as águas do Leste,
Enquanto os ventos se unem e cantam fazendo das gotas no telhado seus sinos em sinfonia.."
†Alesson Ľäsðmбяå†



segunda-feira, 27 de fevereiro de 2012

O que há e pode talvez não ser


A incógnita felicidade. É difícil falar de algo que tem um conceito tão pessoal, é difícil expressar verdades únicas que valem para você, sem ter certeza que a consciência exterior, apreciada apenas por uma composto de comunicação primitiva, possa compreender.
Existem sorrisos que emanam das sombras, que reluzem ao céu noturno, a brisa fria, e ao sombrio conceito de vazio.
De contra partida a os que prefiram multidões, o dia, a brisa quente que mostra vida o conceito cheio de aprovações humanas.
São conceitos distintos, por serem pessoais.
Seja como for, cada um tem a idêntica maneira de reagir aquilo que é fruto da situação.
Repulsa o alegria, tristeza ou felicidade, variando de paladares a digestão é a mesma.
Dias frios e mórbidos me trazem melancolia, e isso não me irrita, pelo contrario, me acalma!
Dias quentes e cheios me confundem, me desordenam, não sou desse mundo.

sexta-feira, 10 de fevereiro de 2012

Vampiro A Máscara

Um tempo virá,
Quando a maldição do Todo Poderoso
não mais será tolerada.
Quando a Linhagem de Caim chegará ao fim.
Quando o Sangue de Caim tornar-se-á fraco.
e não Haverá o Abraço
para estas Crianças da Noite.
Pois o seu sangue escorrerá como a água,
e o seu poder definhará.
E então, tu saberás neste momento:
A Gehenna en breve estará sobre ti.
- O Livro de Nod.

Myself

Myself
Deixe-me invadir a tua alma, e aos poucos como sombras me misturar em tua essência, elevar-te ao prazer e consumir os teus desejos com o fogo ardente da eternidade.