"Na escuridão havia uma mente. A mente estava sozinha na escuridão, porque a escuridão era, em si, quase perfeita solidão. A mente não tinha corpo. Não tinha olhos com os quais ver que não havia nada ao seu redor para ver. Não tinha boca para gritar, e não tinha mãos para se segurar, sem sentido, por libertação. Era pensamento e memória, sozinha, sem ao menos a distração da agonia física."
sábado, 24 de julho de 2010
Os sons e as memórias ressoam mais uma vez
Sons distorcidos de violinos cantam lamurias ao tempo
Cortinas de sangue tapam o sol negro que não mais brilha
A poeira recobre as cinzas, tudo virou pó
Corroído e maculado o mundo clama por sangue
Talvez para seu sustento ou talvez por sua vingança
Sorrisos ao vento vindos das trevas
Lamentos vindo de baixo da terra
Poucos fogem e se escondem
As trevas se unem em busca de um novo sonho
O teor da vida tornou-se junto com tudo pó
Deixando em agonia os que ainda respiram
A verdade dentro de cada um
Não existe compaixão, muito menos misericórdia
O mundo é um lugar para os malvados...
Passos lentos e suaves, silenciosos e mortais
O medo toma conta enquanto se debruça e geme
Tenta gritar,mas seu pescoço sofre pressão
Aos poucos a dor da lugar ao orgasmo
Os sentimentos desaparecem, as crenças perdem forma
A vida vai indo cada vez mais rápido e então tudo escurece
Saciado , o som vem,o corpo tomba e a besta se cala.
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