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segunda-feira, 2 de agosto de 2010

Flores do mal



Remorso póstumo"

(Trad. de Guilherme de Almeida)



Quando fores dormir, ó bela tenebrosa,

num negro mausoléu de mármore, e não

tiveres por alcova e morada senão

uma fossa profunda e uma tumba chuvosa;



quando a pedra, oprimindo essa carne medrosa

e esses flancos sensuais de morna lassidão,

impedir de querer e arfar teu coração

e teus pés de seguir a trilha aventurosa,



o túmulo que tem um confidente em mim

- porque o túmulo sempre há de entender o poeta -,

na insônia sepulcral dessas noites sem fim,



dir-te-á: "De que serviu, cortesã incompleta,

não ter tido o que em vão choram os mortos sós?"

- E o verme te roerá como um remorso atroz.

...:
CHARLES BAUDELAIRE:...

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Myself

Myself
Deixe-me invadir a tua alma, e aos poucos como sombras me misturar em tua essência, elevar-te ao prazer e consumir os teus desejos com o fogo ardente da eternidade.