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Produtor Cultural e Audiovisual

sexta-feira, 13 de agosto de 2010



A lua vertia um tom vermelho do que seria suas bordas,talvez de ódio talvez de paixão

Seu clarão branco iluminava um pouco a varanda.

Parecia quase tocar a terra de tão próxima, podia até sentir o seu cheiro jurou ela.


Um quarto lindo, perfumado com rosas e essências vivas,

Paixão,amor,vontade,desejo,volúpia,excitação,pura e úmida.

Um carpete plumoso e uma cama de ébano tão grande quanto seu ego.

Lençóis negros e couxas rubras como o mais perfeito vinho.

Cortinas escuras e pesadas de uma época muito antiga.

Grande parte de madeira o quarto vertia um saboroso cheiro de carvalho.


Ela caminha de forma suave como se caminhasse por sobre ás águas,sua pele era branca seus olhos claros ,verdes como uma lago.

Suas essências fundiam-se , de alguma forma estavam ligados.


A milhas e milhas ele podia ouvir o soar do seu suspiro, o seu cheiro e a sua presença

O gosto de sua pele ainda rodava nele, seu sabor dançava em sua minha mente

Como a insanidade perturba um louco.


Seus caninos alvos tocaram a pele de sua vítima com tanto carinho, que ela quase veio ao orgasmo,relutou-se e dobrou-se frente a tamanho prazer.

O sangue praticamente saltou para dentro de sua garganta.

Um sabor suave, como vinho de boa qualidade, não muito forte, com um sabor doce e sublime.

Sorveu pouco a pouco,lentamente, enquanto sua vítima desvanecia em meio a espasmos e tremores.

Sua ultima sensação nas mãos daquela rainha da noite, seu ultimo suspiro enquanto ela apenas o lançava ao chão, como um cervo abatido, já completamente sem sangue.



Caminhou lentamente até a varanda, enquanto seus cabelos esvoaçavam como um farol rubro.

Seus lábios possuíam um rubro ainda mais intenso, acabará de se alimentar...

O sangue corria em seus lábios, como uma fina veia.

Seus olhos tornaram-se muitas vezes mais brilhante,

Cada segundo de si ficou mais intenso.


Já na varanda com seus lábios rubros sendo secados pela língua úmida

Inclinou-se para frente com as mãos apoiadas no parapeito observando a deusa lua.

Seu vestido, ou talvez apenas um lençol cairá lentamente desvendando seu maravilhoso corpo.


Seus pelos se arrepiaram, talvez pelo frio, ou talvez pelo prazer que ainda dançava em seus sangue freneticamente.

Voltou-se para traz enquanto suas mãos percorriam seu corpo.


Cada centímetro de si, foi banhado mais uma vez pelo doce prazer.

Foi arrebatada pelo mundo das ideias e pelos prazer da ilusões.

Tremeu, vibrou e então deleitou-se em Volúpia e paixão.

Clamava... por ele com vontade e então voltou-se para seu santuário.


Deitou-se completamente nua na cama, e fez carícias em si.

Pedia por ele,queria-o ali bem próximo, dentro entorpecido

Enlouquecido e selvagem.


E então o vento foi cortado e a silhueta de um homem surgiu na varanda

Em seus lábios finos veios rubros, em seu corpo um imenso lençol negro

Em sua mente o desejo de sua amada, que tanto clamara por ele...


Aproximou-se lentamente, como um predador se aproxima de sua caça indefesa

Lançou-se na perdição enquanto o ritmo regia louvores a luxuria e ao prazer.

Iniciou-se a grande dança nocturna....




quinta-feira, 5 de agosto de 2010

Dúvida...

Eu caminhei por séculos,como uma criatura sombria e maculada.
E depois de longos anos encontrei o teu olhar
Tua pele,teu cheiro, o brilho do teu olhar,cada segundo me encantou.
A criatura sombria que mata para viver.
O sentido da morte que clama por derrota
A verdade enlouquecida de alguém que não vem.
Os momentos...
As verdades..
As lembranças...
E essa eterna dúvida.....

segunda-feira, 2 de agosto de 2010

Flores do mal



Remorso póstumo"

(Trad. de Guilherme de Almeida)



Quando fores dormir, ó bela tenebrosa,

num negro mausoléu de mármore, e não

tiveres por alcova e morada senão

uma fossa profunda e uma tumba chuvosa;



quando a pedra, oprimindo essa carne medrosa

e esses flancos sensuais de morna lassidão,

impedir de querer e arfar teu coração

e teus pés de seguir a trilha aventurosa,



o túmulo que tem um confidente em mim

- porque o túmulo sempre há de entender o poeta -,

na insônia sepulcral dessas noites sem fim,



dir-te-á: "De que serviu, cortesã incompleta,

não ter tido o que em vão choram os mortos sós?"

- E o verme te roerá como um remorso atroz.

...:
CHARLES BAUDELAIRE:...

Myself

Myself
Deixe-me invadir a tua alma, e aos poucos como sombras me misturar em tua essência, elevar-te ao prazer e consumir os teus desejos com o fogo ardente da eternidade.