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Produtor Cultural e Audiovisual

terça-feira, 23 de novembro de 2010


As nuvens estavam rasgando o céu, como se fossem algodão a se desfazer, o vento forte arremessava o cabelo rodopiante para trás enquanto seu corpo esguio caminhava lentamente para frente, seus olhos estavam fechados, mas seus passos eram seguros ao mesmo tempo que cautelosos.

Seu sobretudo rubro pairava na mesma velocidade que seu cabelo, correias de couro prendiam varias partes dele rente ao corpo daquela estranha criatura que parecia não sentir frio.

Sua pele era branca como a neve e seus traços delicados como os de uma mulher.

Uma passo na frente do outro ele caminhou, até chegar a cidade.

Seu faro não o enganava, lá atrás, ele podia sentir o cheiro do sexo e do sangue frenético.

Um casal se divertia de forma nada comum em um dos becos imundos daquela maldita cidade fria.

Suas pupilas dilataram enquanto os seus caninos cresceram,

Seus passos deram lugar ao vazio e nada no seu corpo se movia alem do seu coração que ansiava pelo momento.


Aquele beco dava acesso ao uma antiga quadra de basquete, mas a violência impedia os moradores de vagarem por ali aquela hora, o que fez um palco perfeito para um casal excitado e alimentado pelo álcool e pela paixão.


A criatura esgueirou-se pelas sombras dos postes como um gato,seus olhos cerram e seus caninos clamaram para perfurar aquela carne banhada de êxtase.Suas pequenas garras arranharam lentamente o poste como se ele a afiasse.Apenas metade do seu rosto podia ser visto, mas o casal estava ocupado demais para notar.

O homem não teve reação, as garras da criatura afundaram na sua garganta deixando completamente sem ar.A adrenalina no sangue clamava por oxigénio e a agonia nos seus olhos era tão visível quando o desespero da sua amada que fora arrancada dos seus braços com violência.A criatura o arremessou pelo menos 10 metros a frente, tudo que fez foi golfar sangue quando suas costas atingiram a parede e posteriormente os joelhos o chão.

Sem força e sem consciência seus corpo não pode manter-se em pé.


A vadia não conseguiu gritar, quando começou a entender o que se passava a criatura a puxou pelos cabelos com força inclinando sua cabeça para trás.Sua veia pulsava de medo, o seu sangue estava doce e quente como nunca, "excitação com requinte de medo,fascinante" pensou antes de enterrar suas presas com vontade naquele pescoço branco sujo com perfume barato.

Seus caninos fizeram um excelente papel,após perfurar a carne macia daquele mar branco o sangue jorrou em sua boca , descendo por sua garganta como um mel quente.

Seu verdadeiro eu pairou pelo universo em poucos segundos, os gritos de dor da vadia deram lugar a gemidos de orgasmos e enquanto drenava com força deixava pequenas gotas escorrerem por entre seus lábios.Elas desceram lentamente cobrindo os lindos e pomposos seios daquele corpo escultural vendido a quase nada.

"Seria uma bela dama se não quisesse arranjar dinheiro de maneira fácil. Ela precisava mesmo disso?Ou fazia por prazer?"

Afastou esses pensamentos e se alimentou do que pode.
Beberá demais, disso não tinha duvida, logo estaria fria e isso não ia ficar barato.


Lambeu as feridas e deixou apenas o que já escorrerá em seu corpo agora nu.

Admirou por alguns segundos e limpou com a língua o pouco que ficara nos lábios.

Seus sorriso para lua estava rubro, seus dentes antes brancos como a neve foram banhados pela maldição rubra de todas as noites.

Logo estaria tudo bem, e logo o faria de novo.


O homem tossia a alguns metros dali, talvez retomando a consciência, fraco e sem entender.

Com uma fração de segundo uma segunda imagem da criatura surgiu frente ao homem que caiu para trás tentando se afastar, a primeira imagem sumiu.


Apenas um grito pode ser ouvido naquela cidade quase fantasma, e os corvos presentaram a lua com sua imagem fúnebre poucos segundos após aquela canção de horror que o homem entoava, mas aonde a criatura era o verdadeiro maestro.


Alesson £asombra

Myself

Myself
Deixe-me invadir a tua alma, e aos poucos como sombras me misturar em tua essência, elevar-te ao prazer e consumir os teus desejos com o fogo ardente da eternidade.