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Produtor Cultural e Audiovisual

quarta-feira, 16 de maio de 2012

Textos Largados



Faz frio lá fora e hoje eu não ouvi os pássaros cantarem. As pessoas caminham agasalhadas com um medo crucial de terem seu íntimo invadido. Medo de saírem na rua e sentirem o seu eu visto, medo do que fizeram, medo do que pretendem fazer.

  Uma das cenas mais belas que me vem é uma multidão que caminha abraçada a si mesma, pessoas com roupas de frio e guarda chuvas tentando se protegerem de uma névoa gélida e densa enquanto caminham em vias públicas ao som do vento de inverno. Os espelhos d'água refletem um manancial de névoa turva que aos poucos dança por sobre seu reflexo, repetindo um pouco mais rápido o movimento das colossais e cinzentas nuvens de chuva. As árvores estão mais verdes do que nunca, seu tom foi retocado pelo brilho celeste da névoa. Objeto de medo por tantas eras, quem diria que seria o pincel que hoje da os retoques a bela mãe natureza.
  A noite não tarda a chegar pois todo o dia parece uma eterna madrugada, que passa fria, que passa singela
que não traz calor. 

Myself

Myself
Deixe-me invadir a tua alma, e aos poucos como sombras me misturar em tua essência, elevar-te ao prazer e consumir os teus desejos com o fogo ardente da eternidade.