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Produtor Cultural e Audiovisual

quinta-feira, 28 de janeiro de 2010

Silêncio


Nestas horas mortas que a noite cria,
entre um e outro verso do pavoroso poema,
que sob a pálida luz de uma vela eu lia,
me chegavam antigas lembranças de um dilema.
Quanto amargo e dissabor o silêncio produz!
Entre as sombras vacilantes da noite,
chegam em formas indefinidas,
que sobre minha cabeça pairam,
aves e outras criaturas aladas que de infernal recônditos alçam vôo até minha mente,
a perturbar minh’alma.
Essas formas indefinidas das sombras criadas pelo medo,
ocupando o vazio do meu ser,
preenchendo o que antes era de sentimentos sublimes e,
agora, somente o sentimento de dor.
O que antes era alegria, agora é tão somente o dissabor.
Não é do fim da vida que treme minha alma,
mas do fim do sentir-se bem eterno.
Não mais existir não é tão doloroso quanto o existir sem ser notado,
ou amar sem ser amado, ou perder o que jamais será recuperado....

†Alesson Ľäsðmбяå†

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Myself

Myself
Deixe-me invadir a tua alma, e aos poucos como sombras me misturar em tua essência, elevar-te ao prazer e consumir os teus desejos com o fogo ardente da eternidade.